Bahia caminha para ser o maior produtor de energia eólica do país

Graças à força dos ventos, o estado está com uma capacidade instalada de geração de energia da ordem de 1.218 milhão de MegaWatts, suficientes para atender a aproximadamente um terço de todo o consumo, incluindo não só o residencial, mas também o industrial e o uso na agricultura, proporcionada pela ação dos 47 parques eólicos existentes no interior do Estado, na Região do Semiárido.

Dos 1.055 novos projetos de parques eólicos apresentados para serem leiloados no próximo mês, 894 foram aprovados pelo Ministério das Minas e Energia, e destes, 292 deverão ficar na Bahia, que segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica, é o estado que oferece as melhores condições de ventos para a geração de energia. Ao todo, afora os projetos que ainda serão leiloados, a Bahia dispõe de 230 parques eólicos instalados, em construção ou em projetos já concluídos, o que permite uma capacidade de geração de energia, até 2019, de 5,35 milhões de MW.

Para se ter uma idéia desse potencial, em toda a Região Nordeste, com seus nove estados, a demanda atual de consumo de energia está em torno de 11 milhões de MegaWatts, das quais mais de 60% vem do sistema hidrelétrico gerado pelo Rio São Francisco.

Solução

“Se não fosse a geração eólica, não só a Bahia, mas todo o Nordeste já estaria, há mais de dois meses, vivendo o racionamento de energia”, disse o superintendente de Energia e Comunicação da Secretaria Estadual de Infraestrutura, Silvano Ragno.

Os 894 novos projetos que serão leiloados em fevereiro deste ano, pelo Ministério das Minas e Energia, equivalem à capacidade de geração de três usinas de Itaipu, e se todo efetivado, vai proporcionar ao país o acréscimo de 47,6 milhões de MW de energia disponível no mercado, até 2021.E os estados que têm a maior quantidade de projetos cadastrados são a Bahia, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Investimentos serão de R$ 22,9 bilhões até 2019

Conforme explicou o superintendente de energia da Seinfra, Silvano Ragno, os investimentos em energia eólica na Bahia até 2019 vão ser da ordem de R$ 22,9 bilhões, bancados pela iniciativa privada e com a contrapartida do estado na infraestrutura para a instalação desses empreendimentos. A grande maioria dos parques eólicos está ou será instalado nos municípios de Guanambi, Caetité, Igaporã, Morro do Chapeu, Xique-Xique, Campo Formoso, Brotas de Macaúbas e Casa Nova. Atualmente são 47 parques implantados, além de 60 em construção e outros 123 com projetos já aprovados e que deverão ser instalados até 2019. Somados com os 220 projetos já cadastrados, o estado deverá contar com 450 parques eólicos, se tornando o maior do Brasil nos próximos três anos.

Atualmente os maiores produtores de energia eólica são os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, sendo que este último só começou a implantar os parques eólicos a partir de 2012. A energia eólica depende da implantação de linhas de transmissão, e por isso mesmo os investimentos são altos. Toda geração é fornecida para o sistema interligado do Operador Nacional do Sistema (ONS) que a redistribui para os estados onde a demanda se faça necessária. Fonte: Tribuna da Bahia

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