Quando o Pe. Pedro Pereira da Silva doou 10 violões para a Escola de Música Flor do Meu Sertão, não imaginou que o ato iniciaria as atividades do projeto, que em 2015 conta com 7 grupos orquestrais e bandas, totalizando 153 integrantes. O grupo principal, a Orquestra Juvenil Flor do Meu Sertão tem 28 integrantes que se reúnem duas vezes por semana para a prática de orquestra e ensaios de músicas cívicas, populares e clássicas. A Orquestra Litúrgica Flor do Meu Sertão, por sua vez, se reúne uma vez por semana para a prática de músicas religiosas. Por fim, a Orquestra Experimental Flor do Meu Sertão, formada por alunos iniciantes de cordas e metais. Além das formações orquestrais, o Projeto coordena grupos em comunidades de quatro municípios. São eles: a banda da Comunidade do Peixe no município de Capim Grosso; a da Comunidade de Baixa Grande, do município de Quixabeira; a da Comunidade de Vaca Brava e de Itatiaia, ambas do município de São José do Jacuípe. Dênis Wilson, o coordenador do projeto, acredita no potencial transformador do Flor do Meu Sertão voltado para a vida das crianças, adolescentes e jovens da região. “O Flor do meu sertão surge como alternativa de acompanhar e transpor a fase da juventude sertaneja que por muitas vezes vivem em um contexto de escassez e opções de oportunidades, para mostrar que há coisas belas e que todos merecem a oportunidade de mudança para se tornarem adultos conscientes.”, diz.
A ideia de criar um curso de inclusão musical surgiu com o Pe. Pedro Pereira que convidou amigos que compartilhavam do mesmo ideal de utilizar a música como elemento transformador social. O objetivo da escola é oportunizar a jovens do sertão o desenvolvimento da arte, da cultura e da espiritualidade por meio do uso de instrumentos musicais, do uso da voz e de músicas culturais e religiosas. A escola atende semanalmente cerca 160 alunos distribuídos em diferentes grupos de instrumento seguintes grupos de instrumentos, totalizando 6400 atendimentos anualmente. O Flor do Meu Sertão possibilitou a mudança na vida de três ex-integrantes do programa que hoje fazem faculdade de música.
Em 2012, o NEOJIBA iniciou a aproximação com o projeto de Capim Grosso quando um grupo de 45 alunos iniciantes do Flor do Meu Sertão vieram a Salvador para participar do concerto de comemoração do quinto aniversário do NEOJIBA. No ano seguinte, em 2013, foram realizadas quatro oficinas com monitores do NEOJIBA no núcleo Flor do Meu Sertão em Capim Grosso que atendeu 80 alunos em cada grupo, além de realizar uma oficina de lutheria que permitiu o reparo de instrumentos do Projeto.
No mesmo ano, dois representantes do projeto participaram do Encontro de Gestores de Projetos Orquestrais da Bahia, que culminou na capacitação de monitores bolsistas previamente selecionados pelo NEOJIBA. O Flor do Meu Sertão foi representado por dois integrantes no V Seminário Pedagógico que aconteceu na última semana de janeiro em Salvador.
Sediado na Paróquia São Cristóvão, o projeto Flor do Meu Sertão desenvolve outros projetos de inclusão com papel social ativo. Nesse sentido, o Flor do Meu Sertão continua atuante, oportunizando o acesso à educação com novas possibilidades de lazer, cultura, educação e formação para a população da região. “A intenção do projeto é crescermos para dentro, mostrar para a população que eles podem ter oportunidades aqui na região”, deseja Wilson.
Fonte: neojiba.org
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