
Mais da metade dos
brasileiros com vida economicamente ativa não se preparam para a aposentadoria,
contando apenas com o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
para quando parar de trabalhar. É o que revela pesquisa divulgada nesta terça-feira
(5) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil. O estudo indica que 74,1%
dos trabalhadores contribuem de alguma forma para o INSS, seja como assalariado
ou autônomo, mas, excluindo a previdência pública, seis a cada dez
entrevistados disseram não fazer nenhum tipo de investimento visando a
aposentadoria. Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kawaut, a pesquisa
confirma uma impressão já corrente entre os especialistas: os brasileiros não
se previnem contra a redução de renda que terão quando precisarem parar de
trabalhar. “E quanto mais velhos, mais caros os planos de saúde e maior a
propensão a ter problemas de saúde que necessitem remédios caros”, alerta. Além
de o benefício do INSS ter um valor bastante reduzido em relação à renda ativa,
a economista destaca que a aposentadoria pública pode vir a se tornar ainda
mais restrita com as mudanças na Previdência Social hoje discutidas pelo
governo. Por essa razão, é recomendável algum tipo de aplicação que possa
prover um complemento financeiro no futuro. Mais que a desinformação, contudo,
o estudo revela que a falta de recursos é a principal razão para o brasileiro
não se preparar para uma aposentadoria condizente com sua condição de vida
atual. Segundo a Agência Brasil, 38,8% dos entrevistados disseram já imaginar
uma queda no padrão de vida caso se aposentem. Outros 13,3% consideram que
nunca poderão parar de trabalhar. Dos entrevistados que responderam fazer algum
tipo de reserva, além do INSS, para incrementar a renda ao se aposentar, 19,2%
disseram colocar dinheiro na poupança. Apenas 6,2% das pessoas revelaram
contribuir para algum programa de previdência privada, e 6,1% responderam
investir em imóveis. O valor médio dessa reserva é de R$ 258,00 por mês. Com
informações da Agência Brasil.
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