Ideia do ministério é
reformular o programa, aumentando oferta para a pós-graduação e financiando
intercâmbio de estudantes do ensino médio.
Ministro Mendonça Filho afirmou que os custos
elevados do programa Ciência sem Fronteiras pesaram na decisão
O governo federal não vai conceder novas bolsas de
intercâmbio fora do País para alunos de graduação pelo Ciência sem Fronteiras.
A ideia do Ministério da Educação (MEC) é reformular o programa. Já na
pós-graduação, diz a pasta, novas bolsas serão lançadas. Outra proposta em
análise é financiar o intercâmbio de estudantes do ensino médio público no
exterior.
O cancelamento de novos intercâmbios para a
graduação foi revelado pelo portal Uol. O titular do MEC, Mendonça Filho,
explicou ao jornal O Estado de S. Paulo que os custos elevados do Ciência sem
Fronteiras pesaram na decisão. “(Um intercâmbio de graduação no exterior)
Equivale a financiar um curso integral de quatro anos no Brasil, ao preço médio
do que o MEC paga no ProUni ou no Fies, para três alunos”, argumenta. Para o
ministro, o programa - uma das principais bandeiras da presidente afastada
Dilma Rousseff - tem uma “eficácia discutível” e atinge pouco a população
pobre.
Em 2015, o Ciência sem Fronteiras custou R$ 3,7
bilhões, para atender 35 mil bolsistas. De acordo com o MEC, esse mesmo valor
foi usado para atender 39 milhões de alunos no programa federal de merenda
escolar.
Criado em 2011, o Ciência sem Fronteiras foi
criticado pela falta de acompanhamento acadêmico dos intercambistas e por ter
pouco impacto científico. Muitos alunos, diz Mendonça Filho, cursavam apenas
disciplinas não equivalentes nos currículos brasileiros.
Na primeira fase, 79% das bolsas foram na
graduação. Os últimos editais para recrutar novos alunos pelo programa, diz o
MEC, foram em 2014. A pasta garante que honrará todos os compromissos com os
intercambistas ainda no exterior.
Sobre as bolsas ao ensino médio, a ideia é bancar
só alunos de baixa renda. As propostas ainda serão levadas ao presidente em
exercício Michel Temer.
Ensino médio
O ministro também promete discutir no Congresso
mudanças no ensino médio. Os principais objetivos, defende, são flexibilizar a
grade curricular e aumentar as possibilidades de integrar o ensino médio ao
técnico.
“Vamos
enfatizar a autonomia estadual na construção de modelos e a Base Nacional Comum
(currículo único para o ensino básico, atualmente em discussão) vai encaminhar
a parte do conteúdo”, destaca Mendonça Filho. Modelos internacionais também
serão usados como inspiração para a reforma.
Fonte: Último Segundo - iG/Imagem: Reprodução Google
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