Mais da metade da população (53%) tem medo de ser vĂtima de violĂȘncia por policiais civis e 59% temem ser agredidos por policiais militares. O Ăndice tambĂ©m sobe entre os jovens – 60% tĂȘm medo da PolĂcia Civil e 67%, da PolĂcia Militar. O estudo ouviu 3.625 brasileiros com mais de 16 anos em 217 municĂpios de todo paĂs. A margem de erro Ă© de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Policial vĂtima
A pesquisa revelou tambĂ©m que 64% dos brasileiros acreditam que os policiais sĂŁo vĂtimas de criminosos. O anuĂĄrio do FBSP aponta que, em 2015, 393 policiais foram assassinados 16 a menos do que no ano anterior.
Segundo o anuĂĄrio, os policiais brasileiros morrem mais fora do horĂĄrio de trabalho do que a serviço da corporação: foram 103 mortes durante o expediente (alta de 30,4% em relação a 2014) e 290 fora do serviço (queda de 12,1% em relação a 2014), geralmente em situaçÔes de reação a roubo. "O policial, muitas vezes, reage a um roubo sem estar protegido, nĂŁo tĂȘm um colega do lado, ou estĂĄ trabalhando em 'bicos'”, diz ele.
Estrutura policial
A pesquisa mostra ainda que 63% dos brasileiros acreditam que os policiais nĂŁo tĂȘm boas condiçÔes de trabalho. Para pouco mais da metade (52%), a PolĂcia Civil faz um bom trabalho esclarecendo crimes e 50% crĂȘ que a PolĂcia Militar garante a segurança da população.
“A sociedade brasileira reconhece a importĂąncia das policias, reconhece que elas sĂŁo fundamentais para a manutenção da nossa democracia, mas os policias nĂŁo estĂŁo tendo boas condiçÔes de trabalho, sĂŁo caçados pelo crime. Mas tambĂ©m, a forma como eles atuam nĂŁo satisfaz a população”, avalia Renato.
Plano nacional
Em nota, o MinistĂ©rio da Justiça e Cidadania comentou o levantamento do FBSP. A assessoria de comunicação social do ministĂ©rio esclareceu que a proposta do futuro Plano Nacional de Segurança PĂșblica define um "protocolo unificado de atuação e investigação nas hipĂłteses de mortes de policiais e mortes decorrentes de intervenção policial".
Fernanda Cruz – RepĂłrter da AgĂȘncia Brasil
Edição: Denise Griesinger
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