É grande o número de atendimentos relacionados a acidentes domésticos no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana. Os casos mais comuns, segundo a médica Mirella Lola, são queimaduras, quedas e ferimentos causados por objetos perfuro cortantes, como facas e tesouras.
“São quedas da própria altura, do colo, da cama, do sofá, e queimadura por escaldadura também”, informa a médica. Ela explica que alguns cômodos da casa são mais perigosos para as crianças, independente da faixa etária.
“Um deles é a cozinha, onde ficam objetos cortantes como facas e tesouras, o fogão, pois se as panelas estiveram com os cabos voltados para fora as crianças podem puxar e, no quarto, quando elas ficam sem a supervisão, a gente recebe muitas que caíram da cama com traumatismo craniano, que em muitos casos são leves, mas podem ser graves, necessitando de fazer tomografia e até intervenção cirúrgica”, informou Mirella Lola.
Ela ressalta que, na maioria das vezes, os acidentes domésticos podem ser prevenidos. Para isso, é fundamental que as crianças estejam sob vigilância constante e evitar que elas fiquem sozinhas em locais perigosos como a cozinha. A médica explicou também o que deve ser feito caso ocorra um acidente envolvendo crianças em casa.
“Caso ocorra um acidente doméstico como a queimadura, os pais devem lavar o local queimado com água corrente por alguns minutos e, a depender da extensão da queimadura, pode ser necessário levar a criança para o hospital. Quando as queimaduras são pequenas e não formam bolhas, pode-se fazer o cuidado em casa ou no posto de saúde. Já as queimaduras que são mais extensas e que formam bolhas maiores, é bom serem avaliadas pelo médico”, orientou.
No caso de quedas, esclarece a profissional, se forem acidentes leves que não oferecem maiores perigos, costumam formar apenas um ‘galo’ ou hematoma na cabeça. “Mas se a criança vomitar, perder consciência e mudar o comportamento, as criancinhas menores, que têm a moleira e ela ficar abaulada, ficarem com choro persistente e muito irritadas, tem que levar para avaliação médica para se fazer o exame neurológico completo”.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
0 Comentários
Deixe aqui seu comentário...!