
A Primeira Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta terça-feira (23) o deputado
federal Paulo Maluf (PP-SP) a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, em regime
fechado, por crimes de lavagem de dinheiro. Segundo os ministros, o
progressista ocultou e dissimulou recursos desviados da construção da Avenida
Água Espraiada, atual Avenida Roberto Marinho, enquanto era prefeito de São
Paulo, de 1993 a 1996. Relator da ação, o ministro Edson Fachin teve o voto
seguido por outros três colegas: Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
Já Marco Aurélio foi contra, pois o crime que originou a lavagem de dinheiro
prescreveu. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Maluf desviou mais de
US$ 172 milhões. Entretanto, como parte dos crimes prescreveu, Fachin
considerou apenas desvios de US$ 15 milhões. Ainda de acordo com o MPF, Maluf
teria usado transações no exterior para repatriar os desvios. "Entendo
devidamente constatada a materialidade bem como a autoria do réu Paulo Salim
Maluf entre o ano de 1998 e 2006, de forma permanente ocultou e dissimulou
vultuosos valores oriundos da perpetração do delito de corrupção passiva
utilizando-se para isso diversas contas bancárias e fundos de investimentos
situados na ilha de Jersey, abertos em nomes de empresas offshores",
disse, segundo a Folha.
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