MunicĂ­pio de Capim Grosso registra 200 casos de dengue em 2019

Créditos: Ministério da Saúde
Febre alta, incapacidade motora e muito cansaço. A dor causada pela dengue foi tamanha a ponto de deixar o auxiliar administrativo Moaibe Sousa, de 27 anos, parado uma semana em casa, sem poder ir ao trabalho em uma faculdade particular. 

“Na Ă©poca, pensei atĂ© que nĂŁo suportaria! Era uma dor muito forte, principalmente na cabeça, ficava latejando... Senti muita dor mesmo no olho esquerdo. Tive dificuldade para locomoção e senti dor nas costas", relatou Moaibe.

O morador do bairro Oliveira foi infectado pelo vĂ­rus da dengue em julho de 2019, quando Capim Grosso apresentou risco de infestação do Aedes aegypti, transmissor dessa e de outras duas doenças que podem matar – a chikungunya e zika. Moaibe relata que alguns vizinhos de bairro nĂŁo recebem os agentes de endemia em casa. Para ele, muitos esquecem de fazer a limpeza regular de possĂ­veis criadouros. 

“O recado que eu deixo Ă© para o pessoal observar mais, ter mais cuidado com a limpeza de terrenos. E sempre ter disponibilidade para atender os agentes de epidemias. Porque se nĂŁo tiver colaboração de todos, nĂŁo conseguiremos vencer essa guerra contra o mosquito”, lembrou Moaibe.

A situação do municĂ­pio continua a preocupar autoridades de saĂşde locais: o Levantamento Rápido de ĂŤndices de Infestação pelo Aedes aegypti, o LIRAa de 2019 resultou Ă­ndice de 7,3% de infestação, que indica alto risco de surto das trĂŞs enfermidades. 

De janeiro a primeira quinzena de setembro, a Secretaria de SaĂşde Municipal de Capim Grosso notificou 200 casos prováveis de dengue, 35 de chikungunya e 11 de zika. Em todo 2018, apenas uma notificação de dengue foi feita em todo o municĂ­pio. Em 2019, nenhuma morte foi constatada pelos trĂŞs vĂ­rus. 

A falta de limpeza dos reservatĂłrios de água – lugares ideais para a proliferação do mosquito – e a quantidade de casas fechadas para as visitas dos agentes de endemias sĂŁo os principais fatores que levaram ao aumento de casos, segundo o coordenador da Vigilância EpidemiolĂłgica, Máguibe Rangel. 

Para frear o aumento das notificações, a secretaria municipal de saĂşde vai intensificar, nos prĂłximos meses, a limpeza de terrenos, o recolhimento de recipientes que acumulam água e a distribuição de telas de proteção. Enquanto isso, a recomendação do coordenador epidemiolĂłgico Ă© a mesma: 

“Eu quero falar para a população capim-grossense e regiĂŁo que ajude os agentes de combate as endemias, tambĂ©m fazendo a prevenção de casa, separando cinco minutinhos por semana para dar uma olhada no quintal, para ver se nĂŁo tem algo que acumule água. Se vocĂŞ acha que sua cisterna está com larvas do mosquito, ou se tem uma cisterna do vizinho com larvas, vá atĂ© o centro de combate a endemias para avisar aos agentes que naquela residĂŞncia provavelmente tem um foco”, orientou Máguibe.

Aqui vĂŁo algumas recomendações do MinistĂ©rio da SaĂşde para a limpeza dos reservatĂłrios de água. É importante mantĂŞ-los tampados. A limpeza deve ser periĂłdica, com água, bucha e sabĂŁo. Ao acabar a água do reservatĂłrio, Ă© necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Segundo o ministĂ©rio, esse cuidado Ă© essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco. 
Caso vocĂŞ tenha alguma dĂşvida sobre as visitas de agentes de endemias ou queira informar terrenos com possĂ­veis focos do mosquito, entre em contato pelo “Disque dengue”: (74) 9 9115-3727. 

Você combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.

Com informações da agenciadoradio.com.br

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