
ApĂłs pouco mais de trĂȘs horas de discussĂŁo, o PlenĂĄrio do Senado aprovou o texto-base da reforma da PrevidĂȘncia em segundo turno. Ăs 19h22, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), proclamou o resultado. A proposta de emenda Ă Constituição (PEC) foi aprovada por 60 votos contra 19.
âO Senado enfrentou neste ano uma das matĂ©rias mais difĂceis para a nação brasileiraâ, disse Alcolumbre ao encerrar a votação. âTodos os senadores e senadoras se envolveram pessoalmente nas discussĂ”es e aperfeiçoaram esta matĂ©ria, corrigindo alguns equĂvocos e fazendo justiça social com quem mais precisa.â
O texto necessitava de 49 votos para ser aprovado, o equivalente a trĂȘs quintos do Senado mais um parlamentar. Agora, os senadores começam a votar os quatro destaques apresentados por quatro legendas: Pros, PT, PDT e Rede.
Destaques
O primeiro destaque, do senador Weverton (PDT-MA), pretende suprimir as regras de transição da reforma. De autoria do senador Telmårio Mota (PROS-RR), o segundo destaque permite a votação em separado da conversão de tempo especial em comum ao segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que comprovar tempo de serviço por insalubridade.
O terceiro destaque, do senador Humberto Costa (PT-PE), trata da aposentadoria especial para o trabalhador exposto a agentes nocivos quĂmicos, fĂsicos e biolĂłgicos. O parlamentar quer votar em separado a expressĂŁo âenquadramento por periculosidadeâ. Originalmente, havia dĂșvidas se a emenda de redação do PT alteraria o texto e obrigaria o retorno da PEC Ă CĂąmara. No entanto, um acordo de procedimentos dos senadores levou o destaque ao PlenĂĄrio.
O Ășltimo destaque apresentado, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), permite a votação em separado das idades mĂnimas de aposentadoria especial dos trabalhadores expostos a agentes nocivos.
Antes de iniciar a votação do texto-base, o Plenårio rejeitou, por votação simbólica, dois destaques individuais. Somente os destaques de bancada serão apreciados.
No segundo turno, somente podem ser votados trechos em separado do texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, emendas de redação, que esclarecem pontos do texto, ou supressivas, que retiram pontos do texto. Em seguida, a reforma poderå ser promulgada e entrar em vigor.
A promulgação da reforma da PrevidĂȘncia depende de convocação de sessĂŁo conjunta do Congresso Nacional. Originalmente, a promulgação poderia ocorrer a qualquer momento apĂłs a aprovação em segundo turno pelo Senado. No entanto, para promulgar a PEC, Alcolumbre deve esperar o retorno do presidente da CĂąmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estĂĄ em viagem ao Reino Unido e Ă Irlanda, e tambĂ©m do presidente Jair Bolsonaro, que estĂĄ na Ăsia.
Fonte: AgĂȘncia Brasil / Foto: Roque de SĂĄ/AgĂȘncia Senado
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