Aos 43 anos, Jucelia Souza de Oliveira e seu marido Gesivaldo de Jesus Costa, 46 anos, moradores do Bairro Planaltino em Capim Grosso, alimentam o medo de passar o resto vida sem conhecer o filho, que sumiu da maternidade do Hospital Dom Pedro de Alcântara em Feira de Santana há mais de 20 anos.
O casal morava em Feira de Santana no período de 1997, onde em 02 de fevereiro deste mesmo ano, a dona de casa com 16 anos, em um parto normal deu à luz a um menino no Hospital Dom Pedro de Alcântara. A criança nasceu prematura (7 meses), e precisou ficar no berçário sob observação. Depois de 9 dias de espera pela recuperação do menino, Jucelia ligou para o hospital e foi informada que a mãe já havia levado a criança, sem entender, no dia seguinte Jucelia se dirigiu a maternidade e ao mostrar os documentos para afirmar que a mesma era a mãe, recebeu a notícia que seu bebê havia falecido, ao questionar sobre o corpo a equipe médica informou que eles mesmos realizaram o enterro no local.
“fiz uma ligação um dia antes, uma enfermeira disse que a mãe já tinha levado e eu disse que eu era a mãe, no dia seguinte fui lá buscar meu filho e ao mostrar os documentos, os médicos disseram que a criança tinha morrido e já haviam feito o enterro. Na época só tinha 16 anos, não entedia nada e acabei acreditando, não recebi nenhum documento, atestado de óbito, nem fui informada sobre o local que ele foi sepultado. E saí de lá sem meu filho, sem documentos nem nada”, relatou Jucelia.
Pelo fato das informações controvérsias dos médicos, enfermeiros e assistente social e por não apresentarem o atestado de óbito ou qualquer documento que justificasse a suspeita, nem corpo ou o local que enterraram o menino, os pais acreditam que o mesmo esteja vivo e que realmente foi roubado por algum profissional do local.
“A gente sente lá no fundo que ele não morreu, que foi roubado, ganhou uma nova família, outro nome e vive sem saber de onde veio. Só queria conhecê-lo”, afirmou Jucelia.
Um tempo depois, o casal retornou para Capim Grosso, onde a maioria dos seus familiares residem. E ao relatar o fato, foram orientados a realizar uma investigação que teve início em 2004 pelo Conselho Tutelar do município, depois fizeram outro em Feira de Santana através do Ministério Público.
“Fui informada pelo pessoal do conselho e também pelo Ministério Público, que os profissionais do hospital avisaram que não havia registro da minha chegada no local, pois houve um incêndio em uma área e meus dados de entrada no hospital, poderia ter sido queimados junto com outros documentos, então era como se eu nunca tivesse dado à luz, não haviam provas suficientes para achar o meu menino”, questionou Jucelia.
Devido à falta de provas não houve andamento e o caso se deu por encerrado em 2009. Por conta própria, o casal chegou a ir em Feira de Santana em uma rádio local, procurar pelo filho. Porém, sem sucesso.
Atualmente Jucelia Oliveira e Gesivaldo Costa tem 3 filhos, Gesivania, 22 anos, Camila, 19 e David de 18. A família mantém a certeza de que o filho mais velho está vivo, atualmente com 24 anos, porém não se sabe ao certo o nome, pois nem chegaram a registra-lo. Cansados, mais ainda esperançosos, a família ainda anseia por esse encontro, e espera que pelas redes sociais consiga encontrá-lo. Caso alguém saiba de um caso parecido, entrar em contato com a equipe do FR Notícias através do facebook ou Instagram.
Fonte: Jornal Folha Regional / FR Notícias
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